quarta-feira, 15 de julho de 2015

O TAMANHO DO UNIVERSO

O vídeo, o Tamanho do Universo, é um tipo de vídeo que é sempre bom vermos em forma de
reflexão. Nos tira do nosso mundinho, e nos coloca numa posição em que querendo ou não, acabamos por ver/SENTIR que existe algo muito grandioso, inexplicável... quem nos criou?...ALÉM DA NOSSA CAPACIDADE DE ENTENDIMENTO!

Boa viagem!


EVOLUÇÃO CÓSMICA

 

Poderia parecer ridículo alguém comprometer-se a falar sobre a Evolução Cósmica, porque, naturalmente, este é um assunto que nem eu, nem qualquer mortal, conhece e, conseqüentemente, somos totalmente incapazes de nos expressarmos sobre ele. Todavia, existem certas deduções que podemos fazer sob a lei de analogia, que podem levar-nos a muitos interessantes domínios do pensamento.
 
 
Nas últimas semanas estivemos considerando a evolução do átomo de etapa em etapa até que incluímos todo o sistema solar sob o termo "átomo". Primeiro, estudamos o átomo da substância em linhas gerais, a seguir, estudamos o átomo humano e, mais tarde, aplicamos o que sabíamos a respeito de ambos à esfera ainda maior, ou átomo, um planeta ao qual chamamos de átomo planetário; a seguir, estendemos ainda mais a ideia ao átomo do sistema solar, considerando-o como possuidor de uma posição dentro de um todo ainda maior.
 
 
Estudamos três métodos de evolução, ou desenvolvimento, em relação a este assunto. Consideramos os aspectos que evoluíram por intermédio destes átomos, suas qualidades, ou natureza psíquica, e vimos como a única qualidade psíquica que se podia postular no átomo da substância era a qualidade de inteligência. A seguir, passamos às formas atómicas, formas sub-humanas, e vimos como as formas nos dois reinos da natureza, o vegetal e o animal, demonstravam outra qualidade da Divindade, a da sensação, do sentimento ou amor embrionário, e emoção; também descobrimos que no reino animal começou a se mostrar uma terceira qualidade, a da mente rudimentar, e que quando chegamos ao átomo humano tivemos três aspectos se evidenciando — inteligência, amor e uma vontade central. Estendemos este conceito ao planeta e ao sistema solar e descobrimos que, atuando através da forma do sistema solar tínhamos uma grande Inteligência, ou Mente; que o objeto de Sua utilização da forma era a demonstração de outra qualidade: amor ou sabedoria, o todo sendo energisado por uma grande VONTADE central. Deduzimos daí que esta VONTADE central poderia ser a manifestação de uma Entidade Que informa a todo o sistema, desde o átomo inferior da substância até aquela grande Vida que energisa o esquema planetário.
 
 
 
Tendo exposto estes fundamentos, passamos a considerar a evolução da vida consciente dentro da forma atómica, descobrindo que um tipo superior de consciência surge consistente-mente de cada átomo; que a consciência humana se distingue de todas as outras formas inferiores porque é auto-consciente; que o homem é uma vontade inteligente, desempenhando cada ação conscientemente, tornando-se consciente de seu meio-ambiente e elaborando uma linha definida de atividade com um objetivo específico em vista. A auto-consciência do homem leva a algo mais amplo ainda, à consciência do grande Espírito planetário, que talvez pudesse ser expresso melhor no termo "consciência grupal". À medida que a evolução progredir, o homem passará da etapa da auto-consciência na qual você e eu estamos, à conscientização do que significa consciência grupal, algo ainda praticamente desconhecido, a não ser como um belo ideal e um sonho que se poderá materializar num futuro distante. A consciência grupal, por sua vez, logicamente evoluirá até o que nós, por falta de um melhor termo, poderíamos chamar de consciência de Deus, embora eu desaprove o uso da palavra Deus, devido aos muitos choques que ele provoca, no mundo, entre os diferentes pensadores da família humana. Estas diferenças se baseiam grandemente nas diferenças de fraseologia, nos termos usados para expressar ideias fundamentais, e em métodos variados de organização.
 
 
Quando o cientista, por exemplo, fala de força ou energia e os cristãos falam de Deus e o hindu usa termos análogos a "Eu sou o que eu sou", ou o Ego, estão todos falando da única e mesma grande vida, mas perderam muito tempo procurando provar os erros, uns dos outros, e a demonstrar a precisão de sua própria interpretação.
 
 
A seguir vimos que, falando de modo geral, a evolução atômicapodia ser dividida em duas partes ou etapas; uma, chamada a etapa atômica e a outra, denominada, por não haver um termo melhor, de etapa radioativa. A etapa atômica é aquela na qual o átomo busca sua vida egocêntrica, só se preocupa com sua própria evolução e com o efeito dos contatos que faz. A medida que a evolução prossegue, torna-se claro que no seu devido tempo o átomo começa a reagir em relação a uma vida maior fora de si mesmo e então, temos o período análogo ao da construção da forma, no qual os átomos de substância são atraídos por uma carga maior de energia, ou força elétrica positiva (se quiserem chamá-la assim) que os conduz, ou atrai para si, e constrói uma forma à custa deles; estes átomos de substância, por sua vez, tornam-se então elétrons. Descobrimos, assim, que o mesmo processo é usado, tanto no nosso caso quanto no caso de cada unidade auto-consciente, e que temos uma vida central mantendo dentro de sua esfera de influência os átomos que constituem os diferentes corpos, mental, emocional e físico; que nos manifestamos, que nos movemos e vivemos nossa vida e elaboramos nossos objetivos, atraindo para nós os átomos das substâncias adequados às nossas necessidades, pêlos quais fazemos os contatos necessários. Estes átomos são, para nós, a vida central, o que os eléirons são para a carga positiva central no átomo da substância. A seguir vimos que se isso for verdade, isto é, que existe uma etapa egocêntrica, ou período puramente atômico, para o átomo, e para o átomo humano, poderíamos logicamente predizer um estágio semelhante para o átomo do planeta, habitado por sua vida central espiritual. Assim entramos no campo da especulação. Consideramos, então, se tudo que transpira sobre nosso planeta não poderia ser devido à condição egocêntrica da Entidade Que está elaborando seu objetivo por meio dele. Finalmente, levamos adiante a mesma ideia relacionada com o próprio sistema solar.
 
 
Passamos então a considerar a segunda etapa, que o cientista tem estudado em relação ao átomo do físico e do químico nos últimos vinte anos, a etapa radioativa; vimos como houve uma condição análoga a esta, na evolução do átomo humano  e que existe um período que o precede, paralelo à etapa atómica, onde o homem é puramente egoísta, totalmente egocêntrico, e não presta atenção ao bem estar do grupo a que pertence. Esta primeira etapa é bastante comum no mundo de hoje. Uma grande percentagem da família humana está na etapa atômica mas devemos lembrar-nos que é uma etapa protetora e necessária; ela é atravessada por toda unidade da família humana na busca de seu lugar no grupo e habilita-a a desenvolver algo de valor para dar ao grupo quando entrar na segunda etapa.
 
 
No mundo de hoje há também unidades da família humana que estão passando para a segunda etapa, tornando-se radioativas e magnéticas, influenciando outras formas e se tornando conscientes do grupo; estão saindo do "Eu sou" para a etapa da conscientização do "Eu sou o que"; a vida e objetivo da grande Entidade de Cujo corpo fazem parte, está começando a ser reconhecida por elas; estão-se tornando conscientes do propósito que existe por trás da vida do Espírito planetário Que é o impulso subjetivo que existe por trás da manifestação objetiva na terra. Estão começando a colaborar com Seus planos, a trabalhar pelo melhoramento de seu grupo; e a diferença entre eles e os outros átomos da família humana é que eles são conscientes do grupo, possuem um horizonte mais amplo, um reconhecimento grupal e um objetivo maior. Ao mesmo tempo, eles não perdem a consciência de si mesmos, nem sua identidade individual, sua própria vida esferoidal permanece, mas eles colocam toda a força e energia que flui deles, não ao serviço de seus próprios planos, mas numa cooperação inteligente como Vida maior da qual fazem parte. Tais homens são poucos e distantes entre si, mas quando forem mais numerosos, então podemos esperar uma mudança nas condições mundiais, e pela chegada do tempo que São Paulo menciona quando diz: "Não deveria haver divisão no corpo, mas os membros deveriam cuidar-se mutuamente. Se um membro sofrer, todos sofrerão com ele, ou se um for homenageado, todos se alegrarão com ele... é o mesmo Deus que age tudo em todos. Há diversidade de dons mas o mesmo espírito; há diferenças de ministérios (ou serviço) mas o mesmo Senhor"! Quando todos tivermos consciência grupal, quando estivermos todos conscientes do objetivo que existe por trás da manifestação no planeta, quando formos conscientemente ativos e empregarmos toda nossa energia na elaboração dos planos grupais, aí então teremos o que o cristão chama de "milênio".
 
 
Se na evolução do átomo da substância e do átomo humano temos estas duas etapas, se elas são a base de todo desenvolvimento futuro, então dentro do átomo planetário teremos as mesmas duas etapas, aquela na qual a Vida planetária está elaborando Seus próprios planos, e uma posterior, na qual Ele adere aos planos maiores da Vida que anima o sistema solar. Não estando ainda em posição de ter uma entrevista com o Espírito planetário, não sou capaz de dizer-lhes se Ele já está colaborando com os objetivos do Logos Solar; mas poderíamos obter alguma ideia dos objetivos gerais, pelo estudo da evolução da raça e do desenvolvimento dos grandes planos internacionais no planeta. Também devemos ter em mente que, embora nós, seres humanos, nos consideremos a maior e mais elevada manifestação do planeta, pode haver outras evoluções através das quais a Vida central pode estar trabalhando e das quais ainda sabemos pouquíssimo. Não deveríamos estudar só o homem, mas sim considerar também a evolução angélica, ou a evolução dévica, como o hindu a denomina. Isto nos abre um campo imenso de especulação e estudos.
 
 
Continuando, esperaremos encontrar etapas análogas no sistema solar. Provavelmente descobriremos que a grande Vida que anima todo o sistema solar, a grande Entidade que o está usando para a elaboração de um objetivo definido, lhe fornece energia por meio dos grandes centros de força a que chamamos de átomos planetários; que estes centros, por sua vez, trabalham por intermédio de centros ou grupos menores, comunicando sua energia, através de grupos de átomos humanos, aos vários reinos da natureza e, assim, ao minúsculo átomo de substância, o qual por sua vez, reflete todo o sistema solar. Se pensarmos a respeito da questão da vida atómica, veremos que ela é muito interessante, e nos leva a muitas linhas de conjecturas. Um dos principais pontos de interesse que ela abre é a íntima correlação e interação entre todas as espécies de átomo e a unidade que tudo penetra que deverá ser, finalmente, reconhecida. Se tivermos descoberto que virá uma etapa na evolução de todos os átomos, de todas as espécies, na qual eles sentem e buscam seu lugar dentro do grupo, e de positivos transformam-se em negativos em relação a uma vida maior, se for verdade que em todas estas manifestações de consciência há uma etapa auto-consciente e uma etapa de consciência grupal, não será lógico e possível que, talvez, afinal de contas, o nosso sistema solar nada mais seja do que um átomo dentro de um todo maior? Não poderá haver, para o nosso sistema solar, e para nosso Logos Solar, uma vida central maior, para a qual o Espírito dentro da esfera solar seja gradualmente atraído e a Cuja consciência nossa Divindade aspire? Não haverá indicações de tal força ou objetivo em toda parte? Haverá esferas maiores de vida solar fora do nosso sistema, que exerçam efeito definido sobre ele? Isto pode não passar de especulação mas tem seus pontos de interesse. Se estudarmos livros de astronomia e procurarmos nos certificar se os astrónomos confirmam esta hipótese, deparar-nos-emos com grande quantidade de opiniões contraditórias; descobriremos que alguns astrónomos dizem que dentro das Plêiades há um ponto central em volta do qual nosso sistema solar gira, outros dizem que o ponto magnético de atra-ção para o nosso sistema solar está na constelação de Hércules. Por outro lado acharemos isto claramente contraditório. Descobriremos que alguns astrônomos falam sobre o "impulso de estrela" e dizem que o impulso, ou tendência, de certas estrelas, tem uma direção específica; outros dizem que as distâncias são tão grandes que é impossível determinar se certos sistemas seguem ou não uma órbita definida.
 
 
Todavia, se formos a alguns dos livros antigos, os que chamamos de mitológicos (e um mito pode ser definido como algo que contém em si uma grande verdade oculta até que estejamos preparados para compreendê-la), e se estudarmos os livros antigos do Oriente, descobriremos que em todos eles há duas ou três constelações consideradas como tendo relações particularmente íntimas com nosso sistema solar. Os astrónomos modernos ainda mostram uma atitude agnóstica em relação a este ponto de vista e da visão da ciência materialista, é verdade. O que estou procurando enfatizar aqui é que um tópico que divide as opiniões dos astrônomos e cientistas mas que, todavia, é um assunto de disputa, e sobre o qual os Livros Orientais proclamam uma opinião definida, deve-se basear em um fato e que provavelmente existe um aspecto de verdade na assertiva. Pessoalmente, eu sugeriria que aquele aspecto da verdade será encontrado, não segundo ângulos físicos de interpretação, mas segundo ângulos da consciência; que é a evolução psíquica que se processa dentro de todos os átomos (usando psíquica no sentido de consciência subjetiva) que é sugerida nestes livros e a ênfase é posta numa relação oculta que teríamos com os outros sistemas solares. Aqui talvez possamos descobrir a verdade. A vida subjetiva pode ser uma; a energia que flue entre eles pode ser uma; mas a diversidade está na forma física. Talvez na evolução da inteligência, na manifestação do amor ou da consciência grupal e no desenvolvimento da vontade ou propósito, esteja a unidade, a unidade da vida subjetiva e no reconhecimento final de que, na forma, e somente na forma, estão a separação e a diferenciação.
 
 
Os antigos livros do Oriente indicam, ao considerar este assunto, que as sete estrelas da Ursa Maior, as sete estrelas das Plêiades, e o Sol Sirio, têm uma relação muito íntima com nosso sistema solar e que eles mantêm uma íntima relação magnética com nosso Logos solar.
 
 
Vimos que o objetivo do átomo da substância é a auto-consciência, e que para a Entidade Que está evoluindo por meio de um planeta, o objetivo pode ser a consciência de Deus. Agora, quando consideramos o Logos solar, as palavras faltam, contudo deve haver um objetivo para Ele. Podemos chamá-la de Consciência Absoluta, se quiserem. Exemplifiquemos novamente. Foi-nos dito que nosso corpo é formado de uma multiplicidade de pequenas vidas, ou células, ou átomos, tendo cada um sua própria consciência individual. A consciência do corpo físico, vista como um todo, poderia, do ponto de vista do átomo, ser considerada como sua consciência grupal. Temos, a seguir, a consciência do homem, o pensador. É ele quem dá energia ao corpo, e o dirige à sua vontade — isto é, para o átomo em seu corpo, análoga ao que poderíamos chamar de Consciência de Deus. A conscientização de nossa consciência está tão distante da do átomo quanto a consciência do Logos solar está distante da nossa. Agora, para o átomo de nosso corpo, não poderia aquela consciência do Logos Solar ser chamada de Consciência Absoluta? Este pensamento poderia estender-se ao átomo humano, ao átomo planetário e posteriormente poderemos declarar que o Logos solar alcança uma consciência além da Sua própria, análoga àquela que se estende entre o átomo de seu corpo e Ele próprio. Temos então uma visão maravilhosa se abrindo. Isto é, todavia, encorajador em si mesmo; porque se estudarmos minuciosamente a célula em um corpo físico, e considerarmos a longa estrada que foi percorrida entre a sua consciência e a que o homem agora sabe ser sua, temos a promessa e a esperança de conquista futura, e o incentivo para persistir em nosso esforço.
 
 
Os antigos livros do Oriente mantiveram em segredo, por muitas eras, a verdade sobre muito que só agora começa a penetrar a consciência do Ocidental. Eles ensinaram a radioatividade da matéria há milhares de anos e talvez haja, afinal de contas, uma parcela igual de verdade em seu ensinamento sobre as constelações. Talvez, nas estrelas que podemos ver nos céus distantes e na vida que nelas evolui, tenhamos o objetivo de nosso Logos solar, e as influências que fluem em sua direção, atraindo-o para elas, tornando-o, em seu devido tempo, radioativo. Os livros Orientais dizem que no sol Sirio está a origem da sabedoria e que a influência ou energia do amor emana de lá. A seguir, dizem que existe uma constelação que está mais intimamente ligada ao nosso Logos Solar, sendo a razão que Ele ainda não está suficientemente evoluído para poder responder completamente a Sirius, mas Ele pode reagir à influência das sete irmãs das Plêiades. Este grupo é bastante interessante. Se no dicionário procurarmos a palavra "eletricidade" encontraremos a sugestão que pode ter origem na estrela "Electra", uma das sete irmãs, que alguns supõem seja a pequena Plêiade perdida. Os mestres Orientais, dizem que no mistério da eletricidade está oculto todo o conhecimento, e que quando tivermos penetrado nele saberemos tudo que existe para ser conhecido. Qual passa ser a relação das Plêiades com nosso sistema solar não nos é possível dizer, mas até a nossa Bíblia Cristã a reconhece e Jó fala das 'doces influências das Plêiades', enquanto algumas das Escrituras Orientais afirmam que a relação está no som ou vibração. Talvez as Plêiades sejam a origem da vida atômica do nosso Logos, o aspecto inteligente ativo, aquele que foi primeiro desenvolvido e que poderíamos chamar de matéria elétrica.
 
 
A seguir há a Ursa Maior. Há muita coisa interessante dita nos escritos Orientais sobre a relação entre a Ursa Maior e as Plêiades. Diz-se que as sete irmãs são as sete esposas das sete estrelas da Ursa Maior. Qual será, afinal, a verdade por trás da lenda? Se as Plêiades são a origem da manifestação elétrica, o aspecto inteligente ativo do sistema solar, e sua energia a que anima toda a matéria, talvez elas representem o aspecto negativo cujo pólo oposto, ou aspecto positivo, são seus sete maridos, as sete estrelas da Ursa Maior. Talvez a união destas duas seja o que produz nosso sistema solar. Talvez estes dois tipos de energia, um das Plêiades e o outro da Ursa Maior, se encontrem e sua conjunção produza aquela incandescência nos céus que chamamos de nosso sistema solar.
 
 
A relação destas duas constelações, ou talvez sua relação subjetiva, deve realmente ter alguma base, de fato, ou não a teríamos vislumbrado nas diferentes mitologias. Deve haver algo que as una, dentre as miríades de constelações, com o nosso sistema solar. Mas quando tentamos dar-lhe uma interpretação puramente física, nos perdemos. Se a trabalharmos segundo linhas da vida subjetiva e a ligarmos como energia, qualidade, ou força, poderemos tropeçar sobre a verdade e descobrir um pouco da realidade que pode subjazer ao que à primeira vista parece ser uma fábula sem sentido. Qualquer coisa que amplie nosso horizonte, que nos habilite a uma versão maior e mais clara do que acontece no processo evolutivo, nos é valioso, não porque a acumulação de fatos verificados seja valiosa, mas devido ao que ela nos capacita a fazer dentro de nós mesmos; nossa habilidade de pensar em termos mais amplos e maiores aumenta; habilitamo-nos a ver além do nosso ponto de vista egocêntrico, e a incluir em nossa consciência aspectos diferentes do nosso. Ao fazer isto, estaremos desenvolvendo a consciência grupal, e finalmente compreenderemos que os fatos aparentemente maravilhosos enfatizados como sendo a verdade total, e pelos quais morremos e lutamos através dos tempos, não passaram, afinal de contas, de fragmentos de um plano e porções infinitesimais de uma soma total gigantesca. Talvez, então, quando voltarmos à terra e pudermos olhar as coisas que nos interessam agora e que consideramos tão importantes, descobriremos como os fatos estavam errados, como então os compreendíamos. Os fatos, em última análise, não são importantes; os fatos do século passado não são mais fatos agora, e no próximo século os cientistas talvez riam das nossas afirmações dogmáticas e se admirem de como pudemos considerar a matéria da maneira que o fizemos. é o desenvolvimento da vida e a relação da vida com tudo que a rodeia, o que realmente importa; e, acima de tudo, a influência que exercemos sobre as pessoas com quem mantemos contato e o trabalho que fazemos, que afeta, para o bem ou para o mal, o grupo onde nos encontramos.
 
 
Ao terminar está série de palestras, o melhor seria repetir São Paulo, onde ele diz:
 
 
"Considero que os sofrimentos da época atual não são dignos de serem comparados à glória que nos será revelada...porque somos salvos pela esperança... porque estou convencido que nem a morte nem a vida, nem os anjos nem os principados, nem os poderes, nem as coisas atuais ou as que virão, nem a altura nem a profundidade, nem qualquer outra criatura, poderá nos separar do amor de Deus".
FIM